Realizou-se de 4 a 7 de Maio, em Belém, o Festival da Máscara
Ibérica. Esta mascarada está ligada aos cultos celtas, cultos da fertilidade,
ao solstício de inverno e ao entrudo. Há diversas designações de máscaras,
consoante a região de que provêm. Dois exemplos são os caretos e os chocalheiros.
Viver com máscara ou viver de mascarada, são atitudes que nada têm a ver com a Máscara Ibérica.
À primeira vista achamos que a cena é mórbida, pois as caraças, por vezes talhadas em madeira são aberrantes. De qualquer modo prefiro estas de madeira a outras, dado o seu lado ecológico. Apesar do primeiro impacto, ninguém neste festival anda cabisbaixo, dado o confronto com o surrealista.
Os caretos apresentam-se altivos, em grupos que se diria reacionários pelas cores berrantes. Uma coisa não se lhes pode apontar, o de serem ilegítimos, porque não se confundem com mais nenhuma outra máscara – são únicos! A estes não se aplica a expressão “viver de mascarada” que significa viver de mentira, porque estes são o que são, autênticos e sinalizadores da sua identidade.
O chocalheiro, também uma máscara característica, chama a atenção porque se apresenta radiante, coberto de som estridente.
As máscaras ibéricas apresentam-se como um Todo, candidatas a Património Imaterial da Humanidade.
Estive no desfile que se revelou uma apoteose de cor, som e movimento.
Como urban sketcher credenciada apresento o meu contributo.
Os desenhos a pastel foram realizados a partir de fotografia.
No Sábado de manhã, documentei a exposição do Centro Cultural da Casa Pia.
De tarde tive ocasião de visitar o Centro Nacional de Arqueologia e antes que os tambores do cortejo se fizessem ouvir aí estive a desenhar.
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