domingo, 21 de maio de 2017

Viver a casa

Nunca como antes vivo a casa. Refiro-me não só à minha, mas á decoração e comodidade das casas em geral.

Um dos meus hobbys preferidos, hoje em dia é desenhar e portanto é também no tema "viver a casa" que tenho focado os meus sketches.

Estando em minha casa, encontro sempre motivos para este tema sendo que, esta semana retratei um móvel feito à medida para um dos quartos e um ângulo da minha sala comum.


Esta estante foi idealizada cá em casa e executada, na perfeição (!) pelos "Móveis Miro" de Paços de Ferreira. Tem a particularidade de preencher um canto do quarto que, por ter dimensões reduzidas, tinha muita falta de arrumação. Para além disto, a coluna central, que podem ver representada a branco no fundo, esconde uma chaminé da salamandra que vem da sala no r/c. É portanto um móvel 2 em 1.

Aqui fica a ilustração como uma homenagem à indústria nacional do móvel de Paços de Ferreira e, em especial, aos "Móveis Miro".



Esta é uma das perspetivas que tenho da sala, quando me dedico a este hobby do desenho. A sala comum tem uma diversidade de móveis de várias origens. Pode-se ver as cadeiras IKEA ao fundo e móveis feitos à medida em Paços de Ferreira.

A salamandra da qual referi a chaminé no desenho anterior, está de canto, junto à janela.

A vista do jardim e a luminosidade das janelas, proporcionam sempre motivação para desenhar mais e mais.

Diverte-me desenhar pormenores! Será que conseguem descobrir onde está...
  • a minha cadelinha?
  • E os frutos que levitam?
  • O comando e a caneta?
  • A almofada coração, que é uma imagem de marca do IKEA?

Desenhar com Teresa Ruivo em 13 de Maio no Museu Arqueológico do Carmo

A Teresa Ruivo é psicóloga e iniciou estas andanças nos sketchers em 2014.

Afirma que o seu objetivo é alcançar uma identidade gráfica, mas eu penso que já o conseguiu. Fui testemunha de que, no seu caderno dedicado ao "circo místico", aparecem muitos desenhos com uma marcada personalidade.

Espantou-me o facto de gostar de desenhar emoções, nomeadamente o sofrimento e a raiva. Talvez isso se deva à profissão que exerce.

Vê no desenho um exercício terapêutico e procura desenhar quando isso lhe dá prazer, sem se impor a si própria nada que não lhe apeteça fazer. Todavia abraça desafios e o maior que tem encontrado é o de desenhar o movimento e desenhá-lo sem medo e sem rede.

Segundo a Teresa, para se evoluir nesta arte, tem que se desenhar com regularidade, com perseverança e autocrítica.

A ilustração para a Teresa é um complemento da escrita e escrever é outra das atividades recreativas desta urban sketcher.

Enaltece o diário gráfico, na forma do caderninho que sempre a acompanha.

Vê no caderno um palco onde se põe tudo em cena. Desenha com vários materiais e o caderno é para si como um laboratório portátil.

Quanto às viagens, assegura que ficam muito bem retratadas em desenho, preferindo este modo comparativamente à foto. Espera vir a ter mais oportunidades para desenhar viajando, ou viajar  desenhando...pois ama os desenhos que contam histórias e cada viagem dá uma história para contar.

Vê motivação para si própria apreciando os traços dos companheiros de sketch e vê o reconhecimento destes, em relação aos seus feitos, como um alento.

Aproveita o potencial social e humanitário da atividade de desenhar e coloca-o em favor de uma causa - apoio a crianças no IPO.

Bem haja Teresa! Obrigada pela partilha!

O desafio lançado foi o de desenhar pessoas paradas e em movimento, usando para isso a mancha e a linha. Eu fi-lo com linha somente. Um dia destes vou começar a desenvolver a técnica da mancha, porque gostei muito dos que dali saíram, das mãos artísticas dos meus colegas.

Aqui ficam as minhas ilustrações que, por vezes saíram inacabadas. Desenhar pessoas em movimento é um enorme desafio, mas valeu, pois foi bem divertido!











domingo, 7 de maio de 2017

Festival da Máscara Ibérica



Realizou-se de 4 a 7 de Maio, em Belém, o Festival da Máscara Ibérica. Esta mascarada está ligada aos cultos celtas, cultos da fertilidade, ao solstício de inverno e ao entrudo. Há diversas designações de máscaras, consoante a região de que provêm. Dois exemplos são os caretos e os chocalheiros.
 

Viver com máscara ou viver de mascarada, são atitudes que nada têm a ver com a Máscara Ibérica.


À primeira vista achamos que a cena é mórbida, pois as caraças, por vezes talhadas em madeira são aberrantes. De qualquer modo prefiro estas de madeira a outras, dado o seu lado ecológico. Apesar do primeiro impacto, ninguém neste festival anda cabisbaixo, dado o confronto com o surrealista.


Os caretos apresentam-se altivos, em grupos que se diria reacionários pelas cores berrantes. Uma coisa não se lhes pode apontar, o de serem ilegítimos, porque não se confundem com mais nenhuma outra máscara – são únicos! A estes não se aplica a expressão “viver de mascarada” que significa viver de mentira, porque estes são o que são, autênticos e sinalizadores da sua identidade.






O chocalheiro, também uma máscara característica, chama a atenção porque se apresenta radiante, coberto de som estridente. 


As máscaras ibéricas apresentam-se como um Todo, candidatas a Património Imaterial da Humanidade.

Estive no desfile que se revelou uma apoteose de cor, som e movimento.




Como urban sketcher credenciada apresento o meu contributo.






Os desenhos a pastel foram realizados a partir de fotografia.




No Sábado de manhã, documentei a exposição do Centro Cultural da Casa Pia.







De tarde tive ocasião de visitar o Centro Nacional de Arqueologia e antes que os tambores do cortejo se fizessem ouvir aí estive a desenhar.